Home Música Aldir Blanc, um dos maiores compositores do país, morre aos 73 anos de Covid-19, no Rio de Janeiro

Aldir Blanc, um dos maiores compositores do país, morre aos 73 anos de Covid-19, no Rio de Janeiro O compositor ficou mais de duas semanas internado na UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no RJ.

4 de maio de 2020, 11h17 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Morreu na manhã desta segunda-feira (4), aos 73 anos, o compositor e escritor brasileiro Aldir Blanc, por complicações causadas pela Covid-19. Após ficar mais de duas semanas na UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), o escritor não resistiu. A morte foi confirmada pela assessoria de Blanc. Ele havia sido hospitalizado em 10 de abril, com um quadro de pneumonia, pressão alta e infecção urinária. Uma semana depois, foi confirmada a infecção pelo novo coronavírus.

Nos anos 1960, Aldir dividia seu tempo entre a música e a medicina, curso em que se formaria com especialidade em psiquiatria. Foi nesta década que ele participou de diversos festivais da canção, compondo músicas interpretadas por Clara Nunes, Taiguara e Maria Creuza.

No início dos anos 1970, abandonou a medicina para se dedicar exclusivamente às artes. E foi nesta década que ele compôs o seu maior sucesso. Com a parceria de João Bosco e na voz de Elis Regina, o mundo conheceu O bêbado e o equilibrista.

Já em 1978, publicou as crônicas Rua dos Artistas e arredores. Em 1981, Porta de tinturaria (1981). As duas obras foram reunidas, posteriormente, em 2006 na edição Rua dos Artistas e transversais, que ainda trouxe 14 crônicas escritas para a revista Bundas e para o Jornal do Brasil.

Composições marcantes da vida e na história dos brasileiros foram deixadas, como por exemplo, O menino nascido no Estácio, Centro do Rio, era um observador das ruas, poeta da vida e da cidade. Captava a alma do subúrbio.

Blanc virou também cronista e em suas histórias revelava paixões, como o bairro de Vila Isabel, onde passou a infância, o time Vasco da Gama, e o carnaval. O compositor batizou também um dos mais tradicionais blocos do Rio, o “Simpatia é Quase Amor”, que desfila há anos em Ipanema, na Zona Sul.

Foto: Leo Martins / Agência O Globo

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