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Câmara de Belo Horizonte recusa homenagem a Bolsonaro Homenagem por 'atuação exemplar e valorosa' do presidente no combate ao coronavírus foi rejeitada.

7 de julho de 2020, 21h31 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

Com 16 votos contra, e 8 a favor, a moção de aplausos em homenagem ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), foi rejeitada por vereadores na Câmara Municipal de Belo Horizonte, nesta terça-feira (7).

Inicialmente, a moção foi assinada por seis vereadores, porém, a repercussão negativa fez com que três deles retirassem o nome – Catatau do Povo (PSD), Pedrão do Depósito (Cidadania) e Orlei (PSD). Os que permaneceram foram Jair di Gregório (PSD), Wesley Autoescola (PROS) e Fernando Luiz (PSD).

A homenagem, proposta por três vereadores pela “atuação exemplar e valorosa do presidente na prestação de socorro e auxílio às vítimas da pandemia do coronavírus”, foi negada por 16 vereadores, enquanto outros oito votaram de forma favorável. Outros quatro optaram pela abstenção e 13 não votaram nem se abstiveram.

Antes que a votação acontecesse, o vereador Jair di Gregório, autor da moção, pediu apoio do parlamentares. “Ele [Bolsonaro] representa tudo de bom que o país tem neste momento. É neste momento de pandemia que temos que reconhecer que o presidente tem feito muito pelo país”.

O vereador Pedro Patrus (PT) relembrou alguns episódios de Jair Bolsonaro durante a pandemia, como o veto do uso de máscara (veja aqui) em alguns espaços e pediu que os pares votassem contra a moção.

“O presidente Jair Bolsonaro não merece aplauso, merece um puxão de orelha da população do país como tem acontecido. Não merece aplauso quem se comporta como um genocida e não se preocupa com a vida da população. Canalha. Isso que ele é. Jair canalha Bolsonaro”, disse.

Houve um pedido dos vereadores Arnaldo Godoy e Pedro Patrus, ambos do PT, para que a votação fosse nominal, já que geralmente é feita de forma simbólica. Dez vereadores foram contrários ao voto nominal.

Em uma rede social, o vereador Arnaldo publicou sobre a decisão: “Depois de passar o vexame de ser a única câmara municipal a aprovar em primeiro turno a “Escola Sem Partido”; Depois de passar o vexame de não aprovar o “Dia municipal contra o feminicídio”; A Câmara Municipal recupera sua imagem ao derrotar a moção de aplausos ao presidente genocida Bolsonaro no enfrentamento à pandemia do COVID-19.”

Votos contra:

Arnaldo Godoy (PT)
Bella Gonçalves (Psol)
Catatau do Povo (PSD)
César Gordin (Pros)
Cida Falabella (Psol)
Dimas da Ambulância (PSC)
Dr. Nilton (PSD)
Edmar Branco (PSB)
Eduardo da Ambulância (PSC)
Gabriel Azevedo (Patriota)
Gilson Reis (PCdoB)
Hélio da Farmácia (PSD)
Orlei (PSD)
Pedro Bueno (Cidadania)
Pedro Patrus (PT)
Ronaldo Batista (PSC)

A favor:

Autair Gomes (PSD)
Carlos Henrique (PTB)
Fernando Borja (Avante)
Fernando Luiz (PSD)
Henrique Braga (PSDB)
Jair Di Gregório (PSD)
Marilda Portela (Cidadania)
Wesley Autoescola (Pros)
DECLARARAM ABSTENÇÃO
Bim da Ambulância (PSD)
Dr. Bernardo Ramos (Novo)
Irlan Melo (PSD)
Professor Juliano Lopes (PSC)

Não registraram voto:

Álvaro Damião (DEM)
Coronel Piccinini (PSD)
Elvis Côrtes (PSD)
Flávio dos Santos (PSC)
Jorge Santos (Republicanos)
Juninho Los Hermanos (Avante)
Léo Burguês de Castro (PSL)
Maninho Félix (PSD)
Nely Aquino (Podemos), por estar presidindo a sessão
Pedrão do Depósito (Cidadania)
Preto (DEM)
Ramon Bibiano da Casa de Apoio (PSD)
Reinaldo Gomes (MDB)

Foto: Câmara Municipal de Belo Horizonte/Divulgação

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